terça-feira, 31 de março de 2009

1º Campeonato Paulista de Handebol em Cadeira de Rodas

REGULAMENTO

I CAMPEONATO PAULISTA DE HANDEBOL EM CADEIRA DE RODAS -

Campinas – SP 09 e 10/05/2009


1 – OBJETIVOS

1.1 – Objetivo Geral

O objetivo do I CAMPEONATO PAULISTA DE HANDEBOL EM CADEIRA DE RODAS (HCR) é estimular o desenvolvimento do HCR no estado de São Paulo.

1.2 – Objetivos Específicos

Promover o intercâmbio entre as equipes de HCR do estado de São Paulo;
Estimular a prática do Desporto Adaptado;


2 – COMISSÃO ORGANIZADORA

A comissão organizadora do evento é composta pelos seguintes membros.

Prof. Dr. Paulo Ferreira de Araújo
Prof. Dr. José Irineu Gorla
Prof. Adriana Nascimento de Souza
Fisio. Andréia Micai Gatti
Prof. Anselmo de Athayde Costa e Silva
Prof. Tathyane Kraenbhul
Prof. Décio Roberto Calegari
Prof. Leonardo Trevizan Costa
Prof. Mateus Betanho Campana
Fisio. Marília Magno
Prof. Fábio Bertapelli
Luis Felipe Castelli Correia de Campos

3 – INSCRIÇÕES

3.1 – Das Inscrições no Campeonato

As equipes deverão se inscrever no período de 01/04/2009 à 05/05/2009.
As inscrições no evento poderão ser feitas através do blog: http://www.hcrunicamp.blogspot.com/ ou através do endereço eletrônico: anselmocostaesilva@yahoo.com.br.

4 – SISTEMA DE COMPETIÇÃO

4.1 – Modalidade

O Campeonato será disputado na modalidade HCR 4 no dia 10/05/2009.

4.2 – Sistema de Disputa

Para 2 à 4 equipes – Todos contra todos em turno e returno.
Para ou 6 equipes – Todos contra todos em turno único.

4.3 – Pontuação

Vitória – 3 pontos
Derrota – 1 ponto;

4.4 – Regras

As regras do handebol 4 em cadeira de rodas são muito semelhantes às do jogo de handebol de areia. São feitas apenas algumas modificações que levam em consideração a cadeira de rodas, a mecânica da sua locomoção e a necessidade de se jogar sentado.

REGRAS GERAIS
Jogadores:
Como no handebol de areia são quatro jogadores em cada uma das equipes, com quatro reservas, totalizando oito jogadores por equipe.
Tempo de jogo:
Um jogo é disputando em dois sets com 10 minutos cada, e cinco minutos de intervalo entre os sets.
Contagem de Gols:
Em cada tempo é realizada uma contagem de gols independente com o resultado final do tempo apontando um vencedor (no inicio do segundo tempo o placar é zerado).
Gol espetacular:
O gol feito em condições especiais (após um giro de 360º, por exemplo) deve ser considerado como se valesse dois gols.
Desempate:
Em caso de empate no set, é disputada uma prorrogação com gol de ouro.
Em caso de vitória de equipes diferentes no primeiro e no segundo sets é disputado um tempo extra de 5 minutos para que seja conhecido o vencedor.
Goleiro:
Qualquer um dos jogadores de quadra pode ser o goleiro, desde que se observe que somente pode haver um jogador dentro da área do goleiro. Caso esta restrição seja violada um tiro de sete metros (pênalti) será aplicado contra a equipe infratora. Em caso de reincidência, além do pênalti será punido o atleta faltoso com a exclusão.
Substituição:
Pelo fato de ser jogado em quadra e não na areia, o HCR4 realiza a substituição dos jogadores da mesma forma que o handebol de salão (zona de substituição).

A Quadra:
A quadra de jogo deve ter as dimensões máximas de 40 m x 20 m, sendo a quadra delimitada por linhas que observem a mesma distribuição da quadra oficial de Handebol de Salão.
As traves deverão ter sua altura reduzida em 40 centímetros, a fim de possibilitar que os goleiros joguem em cadeira de rodas. Sugere-se a confecção de placa para redução, de forma que possam ser divulgados os patrocinadores das competições.
Violações Específicas para o HCR4
Violações são infrações às regras, onde a equipe que a comete perde a posse de bola para a outra equipe, através da cobrança de um tiro do local onde foi cometida a infração.
Violações fora da quadra
Um jogador está fora da quadra quando sua cadeira está fora dos limites da quadra e esta condição somente será punida se proporcionar vantagem ao infrator. Se um jogador jogar a bola em um oponente para que ela saia da quadra propositadamente o oponente ficará com a posse de bola.
Regra de Progressão
O jogador pode empurrar a cadeira por no máximo três vezes antes de driblar, passar ou lançar a bola. Não é permitido conduzir a bola sobre as pernas.
Regra dos 3 Segundos
Um jogador não pode permanecer por mais de três segundos com a bola na mão. Jogadores que permanecerem com a bola por mais de três segundos cometem uma violação.
Faltas
Faltas são infrações às regras envolvendo contato físico com o oponente e/ou comportamento anti-desportivo. A falta é marcada contra o ofensor e as punições são aplicadas utilizando o mesmo critério do Handebol de Salão (admoestação verbal, advertência, exclusão e desqualificação).
Os contatos laterais são tolerados, porém os contatos frontais e traseiros devem ser punidos. Para todas essas faltas, a cadeira é considerada como parte do jogador, e o contato não acidental entre cadeiras também constitui falta.

Cobrança dos Tiros
Tiro de Lateral: uma parte da cadeira de rodas deve estar sobre a linha lateral no local por onde a bola saiu.
Tiro de sete metros: é cobrado utilizando a linha da área do goleiro (6 metros).
Tiro de saída: é feito pelo goleiro a partir da sua área e não necessita de autorização do árbitro.
Tiro-livre: o defensor deve respeitar uma distância mínima de 1 metro em relação ao jogador que fará a cobrança do tiro.
Punições
Como no handebol de areia, no HCR4 também não há advertência (cartão amarelo) a única punição prevista é a exclusão, sinalizada pelo árbitro com o sinal negativo (mão apontando para baixo) e cumprida pelo atleta durante um ataque da equipe adversária (o ataque somente é finalizado após a perda da posse de bola).

5 – SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL

A classificação funcional segue o padrão do sistema utilizado no basquetebol em cadeira de rodas, com exceção do jogador 0,5 que é inclusão do HCR.
As classes variam de 0,5 à 4,5 e o total de jogadores em quadra para o HCR 4 é de 14 pontos.
A classificação no torneio compreenderá duas etapas:
apresentação da proposta de classificação por parte das equipes (apresentar a classe de cada um dos atletas mediante planilha);
avaliação por parte do classificador durante o jogo.
Maiores informações estão disponíveis no sítio da Internet: http://www.hcrbrasil.com.br/;

6 – CRITÉRIOS DE DESEMPATE

Maior número de vitórias;
Saldo de gols;
Confronto direto;

7 – ARBITRAGEM

A arbitragem será selecionada durante o curso de arbitragem, conforme os resultados obtidos nas avaliações do curso.
Eventualmente, caso não se obtenha um numero de árbitros satisfatório no curso, poderão ser convidados árbitros de outras regiões.

8 – REUNIÃO TÉCNICA

A reunião técnica será realizada às 08h do dia 10 de maio de 2009. Nesta seção serão discutidos os critérios técnicos da competição. Os casos omissos serão solucionados pela coordenação gera
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HANDEBOL EM CADEIRA DE RODAS


O Handebol em Cadeira de Rodas (HCR) aparece no Brasil em duas iniciativas.

Num primeiro momento a modalidade foi desenvolvida na UNICAMP (ITANI, ARAÚJO e ALMEIDA, 2004) por parte dos professores Daniela Eiko Itani, Paulo Ferreira de Araujo e Jose Julio Gavião de Almeida.Estes autores desenvolveram o primeiro estudo sobre as possibilidades de adaptação do Handebol para a pratica por parte das pessoas com Deficiência.

Posteriormente no ano de 2005 foi realizada por docentes da Universidade Paranaense – UNIPAR/TOLEDO/PR (Décio Roberto Calegari, José Irineu Gorla e Ricardo Alexandre Carminato) a adaptação do Handebol em Cadeira de Rodas (HCR), para a prática por pessoas com Deficiência Física, (CALEGARI, GORLA e CARMINATO, 2005).

Desde então a modalidade vem crescendo bastante e alguns estudos têm sido realizados para fornecer base científica a este crescimento, dentre os quais podemos citar: Costa e Silva et. al. (2007), Calegari et. al (2007), e Calegari et. al. (2008).

É um esporte muito parecido com sua versão convencional, sendo que a principal adaptação é a redução da trave através de uma placa para dar possibilidades de defesa aos goleiros, (CALEGARI, GORLA e CARMINATO, 2005).

Divide-se em duas modalidades o HCR 4 (que adapta o Handebol em Areia para a pratica em quadra) e HCR 7 (que adapta as regras do handebol de salão para 7 jogadores).

Em relação à classificação funcional o HCR 4 permite um total de 14 pontos em quadra, enquanto o HCR 7 permite apenas 16 pontos, enfatizando a inclusão de deficientes mais comprometidos no aspecto motor (CALEGARI, et. al. no prelo).

Hoje no Brasil existem equipes organizadas em três estados:

PARANÁ:

ATACAR/UNIPAR/TOLEDO
PMU/FCO. BELTRÃO

PMU/São Miguel do Iguaçu
UNIPAR/CIANORTE

SANTA CATARINA:

CLUBE RODA SOLTA/ITAJAI

PMU/CAÇADOR

SÃO PAULO:

FEF/UNICAMP/ADEACAMP/CAMPINAS

ADERES/SOROCABA

UFSCAR/SÃO CARLOS

PMU/PIRACICABA

Em criação:

UNIMEP/SÃO PAULO – equipe da Universidade Metodista de São Paulo.

Fora do Brasil, existem iniciativas em outros países como Chile e Espanha.

Handebol Adaptado UC Chile – Santiago-CHI

COMPETIÇÕES:

As principais competições da modalidade são:

COPA OESTE – Toledo/PR (11 a 14/06/09)

Campeonato Paulista – Campinas (10/05/09)

Campeonato Paranaense – São Miguel do Iguaçu (Ago/09)

ITAJAIHANDBALLCUP – Itajaí/SC (01/2010)


REFERENCIAS:


ITANI, D. E.; ARAÚJO, P. F.; ALMEIDA, J. J. G. Esporte adaptado construído a partirdas possibilidades: handebol adaptado. Lecturas: EDF y DEPORTES, Buenos Aires - Año 10 - N° 72 - Mayo de 2004. Disponível em: http://www.efdeportes.com/. Acesso em 30/03/2009 às 10h.

CALEGARI, D. R.; GORLA, J. I.; ARAÚJO, P. F.; CARMINATO, R. COSTA e SILVA, A. A.; ANDRADE, E. Performance Analysis of wheelchair handball players in local competition. In: INTERNATIONAL CONVENTIONAL ON SCIENCE, EDUCATION AND MEDICINE IN SPORT, Guangzhou, China, 2008. Anais… Guangzhou, China 2008, p. 59-60.

CALEGARI, D. R.; GORLA, J. I.; CARMINATO, R. A. Handebol Sobre rodas. (Resumo). ANAIS do CONBRACE. Porto Alegre, 2005.

CALEGARI, et al. Análise técnica de desempenho das equipes participantes da II Copa Oeste de HCR. In: XXX SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE DICÊNCIAS DO ESPORTE: Mitos e Evidências na Atividade Física e no Esporte. São Paulo, 2007. Anais... 2007. v. 15. p. 56-56.

COSTA e SILVA, A. A. et al. Avaliação do percentual de gordura em lesados medulares praticantes de Handebol em Cadeira de Rodas (HCR). In: XXX SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE DICÊNCIAS DO ESPORTE: Mitos e Evidências na Atividade Física e no Esporte. São Paulo, 2007. Anais... 2007. v. 15. p. 164-164.
Síte oficial do HCR

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